O latim é um idioma original da região itálica do Lácio. Foram muitas as influências da língua grega no latim. O latim deu origem a um grande número de línguas européias, denominadas românicas, ou neo-latinas, como o português, o espanhol, o francês, o sardo, o italiano, o romeno, o galego, o occitano, o rético, o catalão e o dalmático - este, já extinto.
É caracterizado por ser uma língua flexiva. No caso dos substantivos e adjetivos a flexão é denominada declinação, no caso dos verbos, conjugação.
Historicamente seus períodos podem ser assim divididos:
*
Pré-clássico, do século VII a.C. ao século II a.C.. As inscrições mais antigas procedem do século VII a.C. Nos séculos III e II a.C. a literatura faz sua aparição, sob influência grega (Plauto, Terencio).
*
Clássico, do século II a.C. ao século II d.C. A idade dourada da literatura latina.
*
Latim Vulgar, incluindo o período patrístico, do século II ao V d.C. Onde se inclui a Vulgata de São Jerônimo e as obras de Santo Agostinho. Esse Latim Vulgar é a essência do que é o italiano atual. A pronúncia Eclesiástica (do latim), usada no Vaticano, é bem parecida com a língua italiana, possivelmente bem próxima do latim vulgar.
Para o estudo do latim nos dias de hoje, usa-se a
pronúncia Restaurada, que é uma tentativa de retomar a pronúncia original, devido à dificuldade que há em conhecer a real pronúncia do latim na antigüidade. A Universidade de Princeton tem um site dedicado à pronúncia do grego e latim:
http://www.princeton.edu/%7Eclip/
*
Período Medieval, do século VI ao século XIV. A literatura latina continua mas surgem as línguas românicas.
*
Do século XV até agora. Redescoberta do latim da idade dourada no Renascimento. O latim vulgar continua sendo usado pelos eruditos até o século XVII, como Isaac Newton, e pela Igreja Católica Romana (obrigatório até meados do século XX).
No
latim clássico, que é o nosso caso de estudo, cada palavra, dependendo da classe gramatical, pode tomar seis formas, ou "casos":
*
Caso nominativo (sujeito e predicado nominal)
*
Caso vocativo (vocativo)
*
Caso acusativo (objeto direto)
*
Caso dativo (objeto indireto)
*
Caso genitivo (indicando posse ou especificação)
*
Caso ablativo (complementos circunstanciais)
Também existem resquícios de um sétimo caso de origem indo-europeia, o
locativo, que indica localização (por exemplo:
Urbi, na cidade).
Para traduções é muito útil o seguinte esquema:
NOMINATIVO - o, a, os , asGENITIVO – de (do, da, dos , das) DATIVO – a (ou para, ao, à, aos, às, para o, para a, para os, para os) ABLATIVO – por (pelo, pela, pelos, pelas)