tag:blogger.com,1999:blog-326631551845157322024-03-13T20:49:21.406-07:00LATIM CLÁSSICOPor Fernando Nandé - jsfernandojor@gmail.comProf. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.comBlogger54125tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-22187173932771104892015-05-06T05:13:00.001-07:002015-05-06T05:13:58.470-07:00A pronúncia no Latim Clássico<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Este é o link da Universidade de Princeton com vários textos em latim e grego (com áudio):<a href="http://www.princeton.edu/~clip/" target="_blank"><b>http://www.princeton.edu/~clip</b></a><br />
<br />
Sugerimos a pronúncia desse site, a reconstituída, que é a utilizada nos meios acadêmicos e em quase todas as escolas em que se ensina latim.<br />
<br />
DO ALFABETO<br />
<br />
a, b, c, d, e, f, g, h, i, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, x (21 letras). Passou a contar com 23 letras (grafemas) com a introdução de j e v, feita por Pierre de la Ramée, humanista francês, no século XVI.<br />
<br />
PRONÚNCIA RESCONSTITUÍDA (OU RESTAURADA)<br />
<br />
Elaborada depois de exaustivos estudos e que tenta reproduzir com exatidão a pronúncia latina da época de Cícero.<br />
<br />
1. todas as letras são pronunciadas<br />
2. o c tem som de k<br />
3. o g tem som de /g/ como em gato<br />
4. j soa como i<br />
5. o s tem sempre o som de ss<br />
6. o v soa como u<br />
7. o x soa com ks<br />
8. o y tem som ü<br />
9. z soa com dz<br />
10. O h tem o som próximo de r (levemente aspirado)<br />
11. Em caso de dúvidas vá para o site da <a href="http://www.princeton.edu/~clip/" target="_blank"><b>Universidade de Princeton</b></a><a href="http://www.princeton.edu/~clip/%20" rel="nofollow" target="_blank"></a>. Nos textos com áudio são exploradas todas essas possibilidades.<br />
<br />
Outra pronúncias são a Romana (eclesiástica, praticada pela igreja e próxima da italiana) e a Portuguesa, ainda em uso nos tribunais do Brasil e Portugal. Não vamos estudá-las, mas em boas gramáticas de latim o aluno poderá encontrar como elas são. Exemplos do latim da Igreja Católica podem ser conferidos em nosso blog de orações em latim.<br />
<br />
ACENTUAÇÃO<br />
<br />
As palavras latinas não são acentuadas. Mas, para efeito didático, gramáticas e dicionários costumam assinalar a quantidade das sílabas (breves ou longas). Na palavra <i>Cāmpus</i>, o sinal gráfico macro (o tracinho sobre o a) indica-nos que esta sílaba deve ser pronunciada com mais intensidade do que a seguinte.<br />
Autores antigos e livros religiosos costumam usar os mesmos acentos do português para marcar a intensidade da sílaba e escrevem <i>cámpus</i>. Existe também a braquia, sinal gráfico (um c voltado para cima) a indicar uma sílaba breve (a longa é a anterior). Assim, <i>agricŏla</i>, a sílaba loga será <i>gri</i>, ou <i>agrícola</i>. Não existe palavra latina acentuada (sílaba longa) na última sílaba, geralmente o acento vem na penúltima ou antepenúltima.</div>
Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-14558438337173677942015-04-30T05:46:00.000-07:002015-04-30T05:46:07.870-07:00Advérbios de lugar<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<b><i>ubi</i></b> – onde</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<b><i>quo</i></b> – para onde, aonde</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<b><i>unde</i></b> – donde, de onde</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<b><i>qua</i></b> – por onde.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<b><i>ubi</i></b> emprega-se com verbos que indicam permanência.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<b><i>quo</i></b> emprega-se com verbos que indicam movimento.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<b><i>unde</i></b> emprega-se com verbos que indicam procedência.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<b><i>qua</i></b> emprega-se com verbos que indicam passagem.</div>
</div>
Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-56366585655292027742015-04-24T06:22:00.000-07:002015-04-24T06:22:05.886-07:00Vocabulário - Locuções adverbiais e Advérbio (A-C)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>A priori</i> – segundo um princípio anterior, admitido como evidente: concluir <i>a priori</i>.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ab aeterno</i> – desde toda a eternidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ab imo corde</i> – do fundo do coração.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ab initio</i> – desde o começo, princípio.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ab ovo</i> – desde o princípio, desde o ovo.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ad amussim</i> – à risca, com exatidão. Ler uma obra <i>ad amussim</i>.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ad hoc</i> – para o caso, eventualmente. Juiz nomeado <i>ad hoc</i>.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ad libitum</i> – a vontade.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ad nutum</i> – segundo a vontade, ao arbítrio.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ad referendum</i> – pendente de aprovação.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Bis</i> – duas vezes. Ele cantou <i>bis</i>. Por isso, <b>faz <i>bis</i></b> e não <b>faz um <i>bis</i></b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Coram populo</i> – em público, em alto e bom som.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Currente calamo</i> (pronuncie cálamo) – ao correr da pena: fazer versos <i>currente calamo</i>.</div>
</div>
Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-32311323119595272812015-04-23T06:35:00.002-07:002015-04-23T06:35:20.044-07:00Vocabulário - Locuções adverbiais e Advérbios (E)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Et similia</i> – e coisas semelhantes: redigir cartas, descrições, composições <i>et similia</i>.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ex abrupto</i> – repentinamente, inopinadamente, arrebatadamente: Não podemos proceder<i>ex abrupto</i>; levaram-no <i>ex abrupto</i>.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ex cathedra</i> – de cátedra, em função do próprio cargo: o Papa falou <i>ex cathedra</i>, falou da cadeira de São Pedro, como pontífice.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ex corde</i> – de coração. Amigo <i>ex corde</i>.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ex expositis</i> – do que ficou exposto.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ex officio</i> – por lei, oficialmente, em virtude do próprio cargo. O advogado do réu foi nomeado <i>ex officio</i> (por lei) pelo juiz – ser eleitor <i>ex officio</i> (em virtude do cargo que ocupa).</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ex positis</i> – do que ficou assentado.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ex professo</i> – como professor, magistralmente, com toda a perfeição. Discorreu sobre o assunto <i>ex professo</i>.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Exclusive</i> – exclusivamente.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Exempli gratia</i> – por exemplo (abrevia-se: <i>e.g.</i>).</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<br /></div>
</div>
Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-36984834179074991512015-04-22T05:07:00.002-07:002015-04-22T05:07:19.539-07:00Vocabulário - Locuções adverbiais e advérbios (G-I)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Gratis</i> – de graça.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Grosso modo</i> – por alto, resumidamente.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ibidem</i> – aí mesmo, no mesmo lugar.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Idem </i>– o mesmo.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>In fine</i> – no fim.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>In limine</i> – no limiar, no princípio. As razões foram rejeitadas <i>in limine</i>.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>In perpetuum</i> – para sempre, para perpetuar.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>In totum </i>– em geral, no todo, totalmente.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Inclusive</i> – inclusivamente.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Infra </i>– abaixo, no lugar inferior. Os inframencionados.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Inter pocula</i> – no ato de beber, no festim. Discursar <i>inter pocula</i> (no festim). Agir <i>inter pocula </i>(como bêbado).</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ipsis verbis</i> – com as mesmas palavras, sem tirar nem pôr.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Ipso facto</i> – em virtude do mesmo fato. Ele não pagou, <i>ipso facto</i> não concorreu ao sorteio.</div>
</div>
Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-14455547251472861032015-04-21T05:17:00.001-07:002015-04-23T06:36:53.991-07:00Vocabulário - Locuções adverbiais e advérbios (L-Q)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Lato sensu</i> – em sentido geral (o contrário de <i>stricto sensu</i>, em sentido restrito).</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Maxime</i> – principalmente, mormente.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Mutatis mutandis</i> – fazendo-se as mudanças devidas. Tem o pai vários deveres para com o filho, <i>mutatis mutandis</i>, tem o filho iguais deveres para com o pai.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Pari passu</i> – igual passo, junto. Acompanhar alguém <i>pari passu</i> – acompanhá-lo por toda a parte.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Per fas et per nefas</i> – a torto e a direito, quer queira quer não, por qualquer meio. Conseguirei <i>per fas et per nefas</i> o meu intento.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Primo</i> – em primeiro lugar.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Pro forma</i> – por mera formalidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Quantum satis</i> ou <i>quantum sufficit</i> – o suficiente, o estritamente necessário.</div>
</div>
Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-4873894320207081462015-04-20T04:16:00.002-07:002015-04-23T06:37:21.757-07:00Vocabulário - Locuções adverbiais e advérbios (R-V)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Retro</i> – atrás. Reporto-me ao que <i>retro</i> ficou dito nesta folha.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Secundo</i> – em segundo lugar. Por duas vezes assim procedi: <i>primo</i> porque a consciência o mandava, <i>secundo</i> porque as circunstâncias o exigiam.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Sic</i> – assim, deste modo, com as mesmas palavras.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Sine die</i> – indeterminadamente, sem fixar data ou dia.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Statu quo</i> – no estado em que; expressão usada substantivamente no ablativo para indicar o estado anterior a uma situação. Os vencedores mantiveram o <i>statu quo</i> na parte monetária. (notem que não é o mesmo que <b><i>status</i></b> <i>quo</i>!).</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Stricto sensu</i> – em sentido restrito.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Supra</i> – acima, no lugar superior. Os supracitados.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Una voce</i>– a uma voz, unanimemente.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Verbi gratia</i> – por exemplo (abrevia-se <i>v.g</i>.).</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<i>Vice-versa </i>– às avessas, em sentido inverso.</div>
</div>
Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-47170587550857752672015-04-19T06:41:00.003-07:002015-04-19T06:41:57.344-07:00O deputado é ladrão<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-r-w47N-Wfcg/VTOvukudhbI/AAAAAAAALeE/Cv_gfO2MS3s/s1600/spqr2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-r-w47N-Wfcg/VTOvukudhbI/AAAAAAAALeE/Cv_gfO2MS3s/s1600/spqr2.jpg" height="200" width="156" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i style="background-color: white; font-family: sans-serif; line-height: 22.3999996185303px; text-align: start;"><b><span style="color: red; font-size: xx-small;">Senatus Populusque Romanus <br />(O Senado e o Povo Romano)</span></b></i></td></tr>
</tbody></table>
Nosso leitor diz que prepara uma petição e pergunta se a construção está correta em latim:<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-weight: bold;">"Deputatu latro est"</span> (O deputado é ladrão).</div>
<br />
Sob o ponto de vista do latim vulgar e tardio, a oração está correta. Este "deputatu" vem do latim da Idade Média e foi registrado pela primeira vez no século XIV. "Deputatu" nada mais é do que o particípio passado do verbo "deputare" (enviar alguém em função de representante).<br />
Na realidade, a política de Roma não contemplava a figura do deputado como temos agora, lá tínhamos os tribunos do povo (eleitos por um ano) e os senadores, que cumpriam as funções que hodiernamente relacionamos com as de deputados (membros eleitos do parlamento).<br />
Por isso é que, no latim clássico, há uma lacuna para essa palavra especificamente. As que se aproximam do significado moderno de deputado são: "misssus, us" (subst.); "missus, a, um" (adj.); "legatus, i" (subst.); e "orator, oris"; todas no sentido de "enviar alguém em função de representante". Logo:<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-weight: bold;">Legatus latro est</span> ou <span style="font-weight: bold;">Missus latro est</span> ou<span style="font-weight: bold;"> Orator latro est</span>.</div>
<br />
Mas, como "latro - (onis)" significa aquele que assalta, ou mercenário, cremos que o correto mesmo seria usar o nome "Fur - (is)", aquele que furta, patife. Portanto, no latim clássico, naquele que foi escrito por César e falado por Cícero, as construções corretas seriam:<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-weight: bold;">Legatus fur est</span> ou <span style="font-weight: bold;">Missus fur est </span>ou <span style="font-weight: bold;">Orator fur est.</span></div>
<br />
Note que o verbo vai para o final da frase no latim. As traduções literais seriam: <span style="font-style: italic;">o deputado ladrão é </span>ou<span style="font-style: italic;"> o deputado patife é, </span>ou <span style="font-style: italic;">o deputado mercenário é...</span></div>
Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-24148981460549406222014-03-24T07:43:00.004-07:002014-03-24T07:46:02.419-07:00Citações do Direito - Ultimatum<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<b><i>Ultimatum</i></b> - é a última chance que se dá de modo intransigente a alguém. Se as consequências da exigência não chegam a atingir o destinatário, temos uma ameaça ou tentativa de extorsão. <b><i>Ultimatum </i></b>(português - ultimato) é, em última análise, intimação, exigência definitiva e irrevogável.</div>
Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-79449633086663073332014-02-26T06:46:00.002-08:002014-02-26T07:06:18.508-08:00Citações do Direito - Ad Acta et Ad hoc <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<i>Ad acta</i> - <b>Para os arquivos, arquivados</b> - antigamente, os documentos oficiais já utilizados e que não careciam mais de consultas eram assinalados com anotações <i>a.a.</i> ou <i>ad a</i> (<i>ad dacta</i>), ou seja, depositados em arquivos, arquivados. na pronúncia clássica fala-se como no português e pronuncia-se todas as letras, inclusive o ´´c´´ de <i>acta</i>.<br />
<br />
***<br />
<br />
<i>Ad hoc</i> - <b>para isto, para este caso</b> - quando eu digo ´´secretário <i>ad hoc</i>´´, significa que a pessoa indicada irá secretariar aquela reunião somente, com fim específico. O mesmo se dá quando um juiz nomeia um ´´advogado <i>ad hoc</i>´´, este advogado estará ali somente para cumprir a função determinada pelo juiz, uma vez acabada a tarefa, cessa o efeito da nomeação. Na pronúncia clássica é [ade Rók] nos tribunais brasileiro usa-se a pronúncia [adók]. </div>
Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-78519145865627530302014-02-26T06:26:00.000-08:002014-02-26T07:01:39.112-08:00Citações do Direito - Abusus non tollit usum (Cícero)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<i>Abusus non tollit usum</i> - <b>O abuso não tolhe o uso</b>. Máxima do livro Topica (Tópicos) do orador Romano Cícero (<i>Marcus Tullio Cicero</i> - 106-43 a.C.) que argumenta: <i>Usus enin, non abusus legatus est</i> - o uso, portanto, não o abuso, é legal. Ou ainda: princípio pelo qual se pode usar uma coisa boa em si, mesmo quando os outros usam delas abusivamente. Ou seja, o direito ao uso não é abolido pelo fato de que alguém tenha abusado desse direito. Não posso, por exemplo, crer que, suprimindo o cargo de prefeito eu vá resolver possível caso de corrupção. O abuso configura-se em quem ocupava fisicamente o cargo, mas hei de manter o cargo para alguém, ou eu mesmo, que somente dele faça o correto uso, pois em estados democráticos prefeitos são necessários - de preferência honestos e preparados para o cargo. Em palavras mais simples - não se deve queimar a cama e deixar de dormir, só porque nela se cometeu um adultério, a punição na forma da lei será para os adúlteros.</div>
Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-44186319043359224992013-10-27T07:15:00.004-07:002013-10-27T07:28:17.565-07:00Vida errabunda, somos os goliardos<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-vYSKBAJRkQM/Um0i9A6_yeI/AAAAAAAAIms/4AQyZyDa0BQ/s1600/goliardos.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-vYSKBAJRkQM/Um0i9A6_yeI/AAAAAAAAIms/4AQyZyDa0BQ/s1600/goliardos.jpg" /></a></div>
Adoramos a boa vida<br />
Monges beberrões inveterados<br />
Pelo Papa amaldiçoados<br />
Ah, nós somos os goliardos<br />
Sim somos alegres bonachões<br />
Os bardos enamorados<br />
<br />
Somos soltos pelo mundo<br />
Como o vento que sopra<br />
Na vastidão das campinas<br />
E de nossas bocas é a obra<br />
Que multiplica os hereges<br />
Que as puras moças soçobra<br />
<br />
Monges loucos menestréis<br />
Ah, nós somos os goliardos<br />
E aos ricos que aqui passam<br />
Pedimos alguns trocados<br />
Para jarras de bom vinho<br />
E mulheres do pecado<br />
<br />
<div>
Nesta vida errabunda<br />
Somos monges mendicantes<br />
Os pobres anjos malditos<br />
Por isso temos amantes<br />
Por qualquer feira e lugar<br />
Somos os monges cantantes.<br />
<i><b>(JFN)</b></i><br />
-----------------------------------------<br />
<i><b>Errabundus</b></i> - <i>no português ficaria errabundo - era o nome que se dava na aos errantes vagabundos e vadios (os poetas de taverna inclusos!). Na Idade Média (Século XIII), esses poetas errabundos receberam do Papa a denominação do "goliardos" - uns monges-demônios, simpáticos beberrões, que erravam pela Europa falando mal de quem tinha poder: reis, nobres, juízes e a própria Igreja e destacando o amor terreno e carnal. As Canções de Burana, ou <b>Carmina Burana</b>, são exemplos do que esses monges escreviam e cantavam.</i><br />
<i>--------------------------------------------------</i><br />
<h3 style="text-align: left;">
<i>O Fortuna</i></h3>
Nosso velho, porém atualíssimo, Nicolau Maquiavel deveria ser lido por todo político que tem juízo - coisa talvez rara ou talvez inexistente. Ele dizia que o destino dos homens dependia basicamente de duas coisas: virtu et fortuna (virtude e sorte). Sobre a Fortuna, que também era a denominação da deusa romana que determina a sorte dos homens, temos estes versos de anônimos monges, os goliardos, musicados por Carl Orff, que vão aqui traduzidos do nosso não menos velho latim medieval:<o:p></o:p><br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;"><br /></span><span style="font-style: italic; font-weight: bold;">O Fortuna</span>, --- Ó Fortuna,<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">velut luna</span><span style="font-weight: bold;"> </span>--- És como a lua<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">statu variabilis</span>, --- Mutável,<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">semper crescis</span> --- Sempre aumentas<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">aut decrescis</span>; --- Ou diminuis;<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">vita detestabilis</span> --- A detestável vida<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">nunc obdurat</span> --- Ora oprime<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">et tunc curat </span>--- E ora cura<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">l</span><span style="font-style: italic; font-weight: bold;">udo mentis aciem</span>, --- Para brincar com a mente;<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">egestatem</span>, --- Miséria,<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">potestatem</span> --- Poder,<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">dissolvit ut glaciem</span>. --- Ela os funde como gelo.<o:p></o:p><br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">Sors immanis </span>--- Sorte monstruosa<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">et inanis,</span> --- E vazia,<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">rota tu volubilis </span>--- Tu, roda volúvel<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">status malus</span>, --- És má,<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">vana salus</span> --- Vã é a felicidade<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">semper dissolubilis</span>, --- Sempre dissolúvel,<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">obumbrata </span>--- Nebulosa<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">et velata</span> --- E velada<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">michi quoque niteris</span>;--- Também a mim contagias;<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">nunc per ludum</span> --- Agora por brincadeira<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">dorsum nudum</span> --- O dorso nu<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">fero tui sceleris</span>. --- Entrego à tua perversidade.<o:p></o:p><br />
<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">Sors salutis</span> --- A sorte na saúde<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">et virtutis</span> --- E virtude<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">michi nunc contraria</span> --- Agora me é contrária.<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">est affectus</span> --- Dá<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">et defectus</span> --- E tira<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">semper in angaria</span>. --- Mantendo sempre escravizado<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">hac in hora</span> --- Nesta hora<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">sine mora</span> --- Sem demora<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">cordum pulsum tangite</span>; --- Tange a corda vibrante;<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">quod per sortem</span> --- Porque a sorte<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">sternit fortem</span>, --- Abate o forte,<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">mecum omnes plangite!</span> --- Chorai todos comigo!<br />
<a href="http://br.youtube.com/watch?v=nqw3KWb9bH4&feature=related">Ouça "O Fortuna" - abertura e encerramento de "Carmina Burana"</a></div>
</div>
Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-4098011933565886662013-10-26T08:58:00.002-07:002014-05-08T03:53:31.016-07:00O casamento moderno ainda guarda os ritos do casamento romano<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-FHez3JHtPVc/Umva11wcsWI/AAAAAAAAIjU/OQW_VxJ_WBU/s1600/casamento-romano.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; display: inline !important; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-FHez3JHtPVc/Umva11wcsWI/AAAAAAAAIjU/OQW_VxJ_WBU/s320/casamento-romano.jpg" height="225" width="320" /></a><br />
<span style="text-align: justify;">Sinto muito informar aos ateus, mas quase todos os nossos costumes são de origem religiosa. Nossos ritos, muitos já incompreensíveis, pois têm suas formalizações vagando pelos escuros do tempo, nos toma o cotidiano, do nascer à tumba. </span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
As bodas, ou casamentos, são a base de nossa civilização. Por um fato muito simples, porque é a partir do casamento que se forma a família, e a partir da família uma sociedade. Sei que isso parece ultrapassado, mas é assim que as coisas ainda funcionam em nosso mundo moderno. Se hoje fazemos contratos de casamento em cartórios e perante o Estado, no sentido de dar garantia aos contratantes das regras que devem balizar a união, no passado essas mesmas garantias eram dadas por um contrato com o sagrado, diante das divindades o que, num Estado laico como o nosso, já perdeu o sentido primário.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sei que parece estranho, mas na Roma antiga, por exemplo, cada família tinha seu próprio deus, o deus Lar, que estava muito ligado ao culto dos antepassados de cada núcleo familiar. Além é claro dos deuses ´´gerais´´ e cultuados pela coletividade toda, como Júpiter, Marte, Minerva, etc. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O culto ao deus Lar era dirigido pelo pai de família e de forma doméstica, portanto, cada família tinha seu jeito e fórmulas particulares – orações, libações, sacrifícios e canções – de se relacionar com esse deus também particular. Quando nascia uma menina, ela se submetia ao culto do Lar de sua família que ficava num altar (daí vem a palavra lareira), com o fogo sagrado, em cômodo próprio afastado dos olhares de curiosos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao crescer para se casar, a moça tinha que renunciar ao seu antigo deus Lar e adotar o deus Lar da família do marido numa cerimônia que, pelo menos no aspecto de costumes, é bem parecida com as cerimônias dos casamentos modernos e que perderam quase que totalmente seus significados religiosos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tanto na Grécia antiga quanto em Roma, os vestidos de casamento eram brancos, pois a pureza dessa cor combinava com o desejado pelo noivo, uma noiva casta e pura (sei que você está rindo!). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O casamento romano era muito semelhante ao grego e dividia-se em três atos: na lareira do pai, no transporte da noiva e, por último, na casa do marido (<i><b>traditio, deductio in domum, confarreatio</b></i>).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-T_RRwn9BT18/UmvbJD6ZcgI/AAAAAAAAIjc/MP96gODM1_U/s1600/casamento.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-T_RRwn9BT18/UmvbJD6ZcgI/AAAAAAAAIjc/MP96gODM1_U/s400/casamento.jpg" /></a></div>
No <i><b>traditio</b></i>, a jovem deixa o lar paterno e é liberada pelo pai, numa cerimônia, do culto ao deus de sua casa. No <i><b>deductio</b></i> <b><i>in domum</i></b>, a moça é levada para a casa do marido. Ela obrigatoriamente estará vestida de branco, com um véu, uma coroa e uma tocha nupcial junto a um cortejo – como hoje, mas sem a igreja, em que a noiva, vestida da mesma maneira, desfila entre os convidados com as daminhas e acompanhada pelo pai, numa alegoria da mudança de casa – notem que os elementos secundários são os mesmos e que somente a tocha nupcial foi substituída pelo buquê de flores, mas mesmo assim o fogo sagrado está presente nas velas do altar. Nesse momento, a música nupcial também se faz presente, porém entoada pelos participantes. Na realidade um hino religioso que, de tão antigo, nem mesmo os contemporâneos de Horácio entendiam o que dizia em seu refrão, assim como as antigas marchas de casamento que ainda usamos nas igrejas, muitas vezes em latim, ou em outras línguas arcaicas. Ainda neste ponto do rito de casamento, o cortejo parava na frente da casa do marido, que tinha que simular um rapto, numa luta também simulada, carregando a noiva no colo sem no entanto deixar que os pés dela tocassem o umbral da casa (deve vir daí o costume das mulheres fazerem regime, imaginou se o sujeito fosse meio fracote e a moça bem nutrida, nada de casamento!).</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-ufdcm698lJg/UmxGglpe1LI/AAAAAAAAIlg/-V6sHhzwT8o/s1600/noivaa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-ufdcm698lJg/UmxGglpe1LI/AAAAAAAAIlg/-V6sHhzwT8o/s1600/noivaa.jpg" /></a>Por fim, no <i><b>confarreatio</b></i>, cerimônia realizada diante da lareira do marido e do deus Lar, imagens dos antepassados, estátuas dos deuses penates, e fogo sagrado, que serão objetos de culto da noiva em sua nova família, os noivos fazem uma libação, sacrifício e comem juntos um doce de flor de farinha (<i><b>panis farreus</b></i>) – hoje, o bolo de casamento, indispensável, mesmo que ninguém o toque e o leve a sério quando se tem a perspectiva de outras bebidas e alimentos mais apetitosos – mas a regra diz, que a noiva deve partir o bolo e ceder o primeiro pedaço ao marido. Desse ponto em diante estão casados e a festa segue adiante como em nossos dias, regada a vinho e guloseimas diversas.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vejam que falo de ritos que remontam há mais de três mil anos e que a troca de alianças só veio mais tarde supostamente com os romanos também, provavelmente mil anos depois do que aqui foi narrado de forma abreviada. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Disso tudo, podemos deduzir que, o casamento, tanto para os gregos quanto para os romanos, era uma das<span style="font-size: 16pt;"> </span><span style="font-size: 16pt;"> </span>coisas mais sérias que poderia existir. Nada para eles se fazia mais temeroso do que desagradar aos deuses. Somente a decadência moral de Roma foi capaz de corromper esse antigo costume, mas mesmo assim, ele sobrevive em nossos dias, embora com significados diversos no que toca a ritualística das novas religiões introduzidas, como a Católica Apostólica Romana. Assim os casamentos duravam anos, porquanto a vida durava pouco. Mas para os descontentes havia o alívio do divórcio, já admitido naqueles tempos, não tão complicado formalmente como hoje, porque era um contrato a ser desfeito com os deuses e também num ritual. Mas daí é outro assunto, que envolve questões do Direito Romano, coisa para mais tarde e que não é o nosso objetivo hoje.<b><i> (JFN)</i></b></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<br />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 0px; orphans: auto; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
</div>
Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-44625123447269597992013-10-10T10:35:00.002-07:002015-03-14T19:07:39.325-07:00Carmina Burana - O Fortuna - Imperatrix Mundi<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-DQvoux3yXgA/UlblNuOgWtI/AAAAAAAAIPo/-cSPxryC5wA/s1600/ilustra%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-DQvoux3yXgA/UlblNuOgWtI/AAAAAAAAIPo/-cSPxryC5wA/s320/ilustra%C3%A7%C3%A3o.jpg" height="307" width="320" /></a></div>
Nosso velho, porém atualíssimo, Nicolau Maquiavel deveria ser lido por todo político que tem juízo - coisa talvez rara ou talvez inexistente. Ele dizia que o destino dos homens dependia basicamente de duas coisas: virtu et fortuna (virtude e sorte). Sobre a Fortuna, que também era a denominação da deusa romana que determina a sorte dos homens, temos estes versos de anônimos monges, musicados por Carl Orff, que vão aqui traduzidos do nosso não menos velho latim medieval:<o:p></o:p><br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;"><br /></span>
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">O Fortuna</span>, --- Ó Fortuna,<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">velut luna</span><span style="font-weight: bold;"> </span>--- És como a lua<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">statu variabilis</span>, --- Mutável,<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">semper crescis</span> --- Sempre aumentas<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">aut decrescis</span>; --- Ou diminuis;<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">vita detestabilis</span> --- A detestável vida<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">nunc obdurat</span> --- Ora oprime<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">et tunc curat </span>--- E ora cura<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">l</span><span style="font-style: italic; font-weight: bold;">udo mentis aciem</span>, --- Para brincar com a mente;<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">egestatem</span>, --- Miséria,<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">potestatem</span> --- Poder,<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">dissolvit ut glaciem</span>. --- Ela os funde como gelo.<o:p></o:p><br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">Sors immanis </span>--- Sorte monstruosa<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">et inanis,</span> --- E vazia,<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">rota tu volubilis </span>--- Tu, roda volúvel<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">status malus</span>, --- És má,<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">vana salus</span> --- Vã é a felicidade<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">semper dissolubilis</span>, --- Sempre dissolúvel,<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">obumbrata </span>--- Nebulosa<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">et velata</span> --- E velada<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">michi quoque niteris</span>;--- Também a mim contagias;<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">nunc per ludum</span> --- Agora por brincadeira<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">dorsum nudum</span> --- O dorso nu<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">fero tui sceleris</span>. --- Entrego à tua perversidade.<o:p></o:p><br />
<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">Sors salutis</span> --- A sorte na saúde<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">et virtutis</span> --- E virtude<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">michi nunc contraria</span> --- Agora me é contrária.<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">est affectus</span> --- Dá<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">et defectus</span> --- E tira<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">semper in angaria</span>. --- Mantendo sempre escravizado<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">hac in hora</span> --- Nesta hora<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">sine mora</span> --- Sem demora<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">cordum pulsum tangite</span>; --- Tange a corda vibrante;<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">quod per sortem</span> --- Porque a sorte<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">sternit fortem</span>, --- Abate o forte,<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">mecum omnes plangite!</span> --- Chorai todos comigo!<br />
<a href="http://br.youtube.com/watch?v=nqw3KWb9bH4&feature=related">Ouça "O Fortuna" - abertura e encerramento de "Carmina Burana"</a></div>
Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-47123230621030602732012-05-16T11:16:00.000-07:002012-05-16T11:18:57.082-07:00NOÇÕES DE ARITMÉTICA ROMANA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
Os romanos usavam sete letras maiúsculas do alfabeto para
representar os numerais.</div>
<div class="MsoNormal">
Quatro fundamentais: I = 1; X = 10; C = 100; M = 1000</div>
<div class="MsoNormal">
Três intermediárias: V = 5; L = 50; D = 500.</div>
<div class="MsoNormal">
Não usavam símbolo para o zero.</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Princípios</b></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<u>Adição</u>: o valor de uma letra colocada à direita de
outra de valor igual ou maior, é adicionado ao valor desta.</div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">XXIII = X +
X + X + I + I + I = 23</span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<u>Repetição</u>: somente são repetidas as letras
fundamentais e no máximo três vezes.</div>
<div class="MsoNormal">
VIII = 8; CXXX = 130; DCCC = 800; MMM = 3000.</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<u>Subtração</u>: o valor de uma letra colocada à esquerda
de outra de valor maior, é subtraído do valor desta. Somente se emprega a
justaposição subtrativa quando a aditiva não for mais possível.</div>
<div class="MsoNormal">
IV = V – I = 4</div>
<div class="MsoNormal">
XC = C – X = 90</div>
<div class="MsoNormal">
Não se escreve LXXXX, mas sim XC.</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<u>Multiplicação</u>: um numeral encimado por um traço
horizontal representa milhares, por dois traços representa milhões.</div>
<div class="MsoNormal">
––</div>
<div class="MsoNormal">
IV = 4000</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
––––</div>
<div class="MsoNormal">
XXI = 21000</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Continue lendo<a href="http://auladelatim.blogspot.com.br/p/numerais.html" target="_blank"><b> aqui</b></a>...</div>
</div>Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-14547476554534015312012-05-02T10:29:00.000-07:002012-05-02T10:29:01.152-07:00Dicas da semana: ADVÉRBIO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal">
ADVÉRBIO é toda palavra que modifica a ação que o verbo exprime; o advérbio também modifica um adjetivo ou o próprio advérbio.</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
OBSERVE:</div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Menino bom</b> → a palavra <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">bom </b>está modificando a ideia <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">menino</b>, que é um nome ou substantivo. Palavras que modificam substantivos são chamadas de adjetivos.</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O orador falou admiravelmente</b> → a ação de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">falar</b> está sendo modificada por <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">admiravelmente</b>; logo, o verbo é quem está sendo modificado e, portanto, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">admiravelmente</b> é um advérbio.</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Rosas muito brancas</b> → a qualidade (adjetivo) <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">brancas</b> está sendo modificada por muito; logo, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">muito </b>é um advérbio.</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ele chegou muito cedo</b> → <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cedo</b> é um advérbio. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Muito</b> modifica esse advérbio; logo, muito é um advérbio também.</div>
<div class="MsoNormal">
Os advérbios são divididos conforme as circunstâncias que indicam: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">tempo, modo e lugar.</b></div>
<div class="MsoNormal">
<b> </b></div>
</div>Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-64492743389083732372012-04-23T10:46:00.001-07:002012-04-27T12:54:39.512-07:00Dicas da semana - "o dito cujo"<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
É fácil
verificar que estudantes, e até mesmo escritores, não sabem usar bem os
pronomes relativos. Geralmente seus textos aparecem eivados de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">que</b>. É o caso do esquecido relativo <b>cujo</b>, praticamente
em desuso na língua portuguesa por desconhecimento de quem escreve.</div>
<div style="text-align: justify;">
Esse pronome nunca
liga termos idênticos e indica posse. Exemplos:
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Devemos socorrer João, cuja casa se incendiou. (a casa do
qual);<br />
A mala, cuja a chave se perdeu, não será usada (a chave da qual);<br />
A
parede, cuja pintura estragou, deve ser enfeitada (a pintura da qual).<br />
Logo, o
relativo cujo liga sempre termos diferentes, sendo que o antecedente tem a
posse do consequente. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Assim, o cujo tem que:</div>
<ol start="1" style="margin-top: 0cm; text-align: justify;" type="1">
<li class="MsoNormal">possuir
antecedente diferente do conseqüente;</li>
<li class="MsoNormal">pode
se converter em do qual, da qual, dos quais, das quais;</li>
<li class="MsoNormal">indicar
posse.</li>
</ol>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
São construções corretas, porém em desuso no português: não
sei <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cujo </b>é este livro; <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cuja</b> é esta casa? – empregadas
normalmente em latim.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Cuidados com emprego de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cujo</b>:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<ol start="1" style="margin-top: 0cm; text-align: justify;" type="1">
<li class="MsoNormal">Cujo
exige preposição quando o verbo pedi-la:</li>
</ol>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
a)<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span>O
homem <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">em</b> cuja casa estivemos. (se
estivemos, estivemos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">em</b>);</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
b)<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span>A
moça <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">de</b> cuja casa eu vim. (venho <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">de </b>algum lugar);</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
c)<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span>A
pessoa cuja <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a</b> casa fui. (fui <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a</b>).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<ol start="2" style="margin-top: 0cm; text-align: justify;" type="1">
<li class="MsoNormal">Cujo
não exige preposição quando for em função de VTD:</li>
</ol>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
a)<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span>O
homem <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cujo</b> filho conheço. (conhecer
– Verbo Transitivo Direto).</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
b)<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span>O
papel, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cujo</b> bordados dobrei (dobrar
– VTD).</div>
</div>Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-29821823969436498052012-04-13T09:39:00.001-07:002012-04-13T09:39:31.145-07:00Dicas da semana - Adjunto adverbial<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal">
1. Adjunto adverbial de lugar <u>onde</u>: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">in</i></b>
com ablativo → estou na cidade → <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sum <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">in urbe</b>.</i></div>
<div class="MsoNormal">
2. Adjunto adverbial de lugar <u>para onde</u>: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">in</i></b>
com acusativo → vou à cidade → <i style="mso-bidi-font-style: normal;">eo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">in urbem.</b></i></div>
<div class="MsoNormal">
3. Adjunto adverbial <u>de companhia</u>: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">cum </i></b>e
ablativo → passeio com amigos → <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ambulo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cum amicis</b>.</i></div>
<div class="MsoNormal">
4. Adjunto adverbial de tempo <u>quando</u>: ablativo sem
preposição<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>→ no inverno → <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">hieme</i></b>;
no outono → <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">autumno</i></b>; ao raiar do dia → <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">prima luce</i></b>.</div>
<div class="MsoNormal">
5. Adjunto adverbial de <u>instrumento ou meio</u>: ablativo
sem preposição → ferir com a espada → <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ferire
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">gladio</b></i>. </div>
<div class="MsoNormal">
6. Adjunto adverbial de <u>providência ou origem</u>: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">ex </i></b>com
ablativo → <i style="mso-bidi-font-style: normal;">tirar água da fonte → haurire
aquam <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ex fonte</b>.</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">7. </i>Adjunto
adverbial <u>de causa (agente da passiva)</u>: ablativo sem preposição quando
for coisa (ser inanimado): morrer de fome<i style="mso-bidi-font-style: normal;">
</i>→ <i style="mso-bidi-font-style: normal;">interire <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">fame</b></i>. Quando for ser animado deve se usar ablativo com preposição
→ serei enviado pelo senado → <i style="mso-bidi-font-style: normal;">mittar <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a senatu</b></i>.</div>
</div>Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-12765084651567443862012-03-30T11:49:00.005-07:002014-12-20T02:47:14.598-08:00O português e o latim no “câmpus” de espancamento<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u><span style="text-decoration: none;"></span></u></b><br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: right; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: right; text-indent: 2.0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u>José Fernando Nandé</u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u><span style="text-decoration: none;"><br />
</span></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">I. Introdução</b> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Há a discussão entre acadêmicos brasileiros que versa sobre o uso das palavras latinas <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus, campi. </i>De acordo com alguns autores e, agora, consultores da lusitana língua, esses vocábulos deveriam<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>ser<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>substituídos pela palavra “câmpus” – ou “campus” apenas – tanto no singular quanto no plural. Tal discussão seria no sentido de trazer para o vernáculo uma palavra supostamente derivada das suas correspondentes latinas <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus et</i> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campi, </i>hodiernamente usadas no Brasil para designar o território, ou espaço, ocupado por instalação ou instalações físicas de universidades.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Este artigo sustenta que tal discussão é inócua, posto que o nome <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i> de há muito consta incorporado ao nosso idioma e corresponde ao substantivo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">campo </b>e respectivo plural <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">campos</b>. Portanto, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">a posteriori</i> deve-se demonstrar que a tentativa em curso de aportuguesamento de tal palavra está mais próxima de uma aberração linguística do que um acréscimo positivo à língua portuguesa e tudo por obra do equivocado e bárbaro <i>marketing </i>dos manuais de redação dos jornais. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">II. O significado de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
O uso do vocábulo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus,</i> em latim, perde-se na noite do tempo. De possível origem grega, ele aparece em vários textos anteriores ao período Clássico inclusive, depois resiste aos períodos subsequentes da língua latina até o amanhecer no idioma português, inculto e belo, sempre com o mesmo sentido original, determinando um lugar, ou território, ou espaço, em perfeito acordo com os significados atribuídos a este verbete desde que ele é registrado pelos dicionários latinos:</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Cāmpŭs, is</i></b> – jardim, vergel, campo. 1º planície, plaino; campina cultivada, campo, veiga, terreno; produto da terra; 2º superfície igual, lisa, plana; 3º território; 4º Campo de Marte (em Roma), exercícios do Campo de Marte, comícios, assembleias do povo, votações, eleições; 5º campo da batalha, campo, liça, luta, contenda, curso, carreira.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br />
Algumas citações clássicas para <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i></b>:</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
1 – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Campos et montes peragrare</i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>(<i style="mso-bidi-font-style: normal;">M. T. Cicero,</i> 106 a.C – 43 a.C). Percorrer as planícies e os montes. [<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dictionnaire Français-Latin, p. 143;</i> 1868].</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
2 – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Pingues Asiae campi</i></b> (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Q. Horatius Flaccus, 65 a.C e 8 a.C </i>). As férteis campinas da Ásia. <span lang="EN-US">[CHARLESWORTH, 1970].</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span lang="EN-US">3 – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Coerulei campi</i></b> (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">T. M. Plautus,</i> 230 a.C – 180 a.C). </span>As planícies azuladas (o mar). [<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dictionnaire Français-Latin</i>, p. 143; 1868].</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
4 – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Attollitur unda campus</i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"> (Publius Vergilius Maro, </i>65 a.C – 8 a.C) A planura (do rochedo) eleva-se acima das ondas. [<i style="mso-bidi-font-style: normal;">P. Virgilii Maronis Opera omnia ex editione Heyniana</i>, p. 731, 2V; 1819]. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
5 – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Campus in quo exsultare possit oratio</i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>(<i style="mso-bidi-font-style: normal;">M. T. Cicero, 106 a.C – 43 a.C</i>). Campo (assunto) em que a eloquência possa desenvolver-se. [<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dictionnaire Français-Latin</i>, p. 143; 1868].</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
6 –<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Flubius que irrigat Cordoba, qui dicitur Bete, nascitur in campo Spanie et cadit in mare in oceanum ocidentale; currit milia cccxii</i>.</b> (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Nominia Flubiorum</i>, autor desconhecido, por volta de 800 d.C). “O rio que irriga Córdova, que se denomina Bétis, nasce num planície da Espanha e cai no mar no oceano ocidental, corre 312 mil passos.” [FURLAN, p. 308. 2006].</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Pelo exposto, nota-se que os escritores latinos situavam <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i> na segunda declinação, pois esta palavra tem seu genitivo em<i> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">i</b></i>. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">III. A declinação de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i> e o acusativo como caso lexogênico da língua portuguesa </b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: medium none; margin-left: 141.25pt; width: 370px;"><tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;"> <td style="background: #BFBFBF; border: solid windowtext 1.0pt; mso-background-themecolor: background1; mso-background-themeshade: 191; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 143.15pt;" valign="top" width="191"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Caso</div>
</td> <td style="background: #BFBFBF; border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-background-themecolor: background1; mso-background-themeshade: 191; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.25pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Singular</div>
</td> <td style="background: #BFBFBF; border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-background-themecolor: background1; mso-background-themeshade: 191; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 60.35pt;" valign="top" width="80"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Plural</div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 143.15pt;" valign="top" width="191"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Nominativo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.25pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 60.35pt;" valign="top" width="80"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">campi</i></div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 2;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 143.15pt;" valign="top" width="191"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Vocativo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.25pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">campe</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 60.35pt;" valign="top" width="80"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">campi</i></div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 3;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 143.15pt;" valign="top" width="191"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Genitivo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.25pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">campi</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 60.35pt;" valign="top" width="80"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">camporum</i></div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 4;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 143.15pt;" valign="top" width="191"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Dativo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.25pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">campo</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 60.35pt;" valign="top" width="80"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">campis</i></div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 5;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 143.15pt;" valign="top" width="191"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Ablativo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.25pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">campo</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 60.35pt;" valign="top" width="80"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">campis</i></div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 6; mso-yfti-lastrow: yes;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 143.15pt;" valign="top" width="191"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Acusativo</b></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.25pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">campum</i></b></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 60.35pt;" valign="top" width="80"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">campos</i></b></div>
</td> </tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Para efeito desta exposição e de clareza, citemos o seguinte exemplo tirado à segunda declinação, o nome próprio masculino <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Candidus, i</i>:</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: medium none; margin-left: 141.25pt; width: 370px;"><tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;"> <td style="background: #BFBFBF; border: solid windowtext 1.0pt; mso-background-themecolor: background1; mso-background-themeshade: 191; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 138.85pt;" valign="top" width="185"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Caso</div>
</td> <td style="background: #BFBFBF; border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-background-themecolor: background1; mso-background-themeshade: 191; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 73.4pt;" valign="top" width="98"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Singular</div>
</td> <td style="background: #BFBFBF; border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-background-themecolor: background1; mso-background-themeshade: 191; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.5pt;" valign="top" width="87"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Plural</div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 138.85pt;" valign="top" width="185"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Nominativo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 73.4pt;" valign="top" width="98"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Candidus</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.5pt;" valign="top" width="87"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Candidi</i></div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 2;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 138.85pt;" valign="top" width="185"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Vocativo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 73.4pt;" valign="top" width="98"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Candide</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.5pt;" valign="top" width="87"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Candidi</i></div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 3;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 138.85pt;" valign="top" width="185"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Genitivo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 73.4pt;" valign="top" width="98"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Candidi</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.5pt;" valign="top" width="87"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Candidorum</i></div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 4;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 138.85pt;" valign="top" width="185"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Dativo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 73.4pt;" valign="top" width="98"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Candido</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.5pt;" valign="top" width="87"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Candidis</i></div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 5;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 138.85pt;" valign="top" width="185"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Ablativo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 73.4pt;" valign="top" width="98"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Candido</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.5pt;" valign="top" width="87"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Candidis</i></div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 6; mso-yfti-lastrow: yes;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 138.85pt;" valign="top" width="185"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Acusativo</b></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 73.4pt;" valign="top" width="98"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Candidum</i></b></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.5pt;" valign="top" width="87"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Candidos</i></b></div>
</td> </tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Por último, e para os mesmos efeitos, o nome feminino <i style="mso-bidi-font-style: normal;">universitas</i>, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">atis</i> (3ª declinação):</div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: medium none; margin-left: 141.25pt; width: 370px;"><tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;"> <td style="background: #BFBFBF; border: solid windowtext 1.0pt; mso-background-themecolor: background1; mso-background-themeshade: 191; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 126.9pt;" valign="top" width="169"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Caso</div>
</td> <td style="background: #BFBFBF; border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-background-themecolor: background1; mso-background-themeshade: 191; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.3pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Singular</div>
</td> <td style="background: #BFBFBF; border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-background-themecolor: background1; mso-background-themeshade: 191; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 76.55pt;" valign="top" width="102"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Plural</div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 126.9pt;" valign="top" width="169"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Nominativo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.3pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">universitas</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 76.55pt;" valign="top" width="102"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">universitates</i></div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 2;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 126.9pt;" valign="top" width="169"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Vocativo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.3pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">universitas</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 76.55pt;" valign="top" width="102"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">universitates</i></div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 3;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 126.9pt;" valign="top" width="169"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Genitivo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.3pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">universitatis</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 76.55pt;" valign="top" width="102"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">universitatum</i></div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 4;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 126.9pt;" valign="top" width="169"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Dativo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.3pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">universitati</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 76.55pt;" valign="top" width="102"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">universitatibus</i></div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 5;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 126.9pt;" valign="top" width="169"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Ablativo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.3pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">universitate</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 76.55pt;" valign="top" width="102"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">universitatibus</i></div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 6; mso-yfti-lastrow: yes;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 126.9pt;" valign="top" width="169"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Acusativo</b></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.3pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">universitatem</i></b></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 76.55pt;" valign="top" width="102"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">universitates</i></b></div>
</td> </tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Devidamente declinadas, é possível verificar que essas palavras chegam ao português por meio do caso latino acusativo. “Cedo o latim vulgar reduziu esse sistema de desinências (morfemas) de seis casos a apenas um. (...) Na Península Ibérica, os nomes se fixaram nas do acusativo (o do objeto direto). Por isso este se diz <i style="mso-bidi-font-style: normal;">caso lexogênico do português</i> (e do espanhol)” [FURLAN, 2006; p. 322]. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Nesse ponto não há divergência entre os gramáticos. O que foi explicado pelo professor Oswaldo Antônio Furlan é praticamente o mesmo que é observado pelo professor Napoleão Mendes de Almeida, em sua Gramática Latina: “O acusativo, que é para o português o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">caso lexicogênico</b>, isto é, o caso de que provieram os nossos vocábulos, termina geralmente em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">m</i></b> no singular das cinco declinações. (...) O acusativo plural das cinco declinações termina em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">s</i></b> (Por esse motivo é que o plural das palavras portuguesas termina em s)” [2000, p.89].</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Logo, ao se colimar a regra geral tendo como parâmetros os casos particulares, em português <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Candidus</i> fica Cândido/Cândidos e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus </i>fica campo/campos (segunda declinação). <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Universitas</i>, universidade/universidades (terceira declinação).</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Mas essa explicação ainda não é a bastante, porque são tantas as distorções nesse assunto, que ele tem que ser dilatado para o campo da Filosofia, precisamente ao campo da Lógica. Sabemos que a escrita é o sinal da palavra e, por meio dela, o da ideia. Porquanto se faz mister, para o saneamento de todas as dúvidas, a busca pela ideia representativa da palavra <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i>. Pelas definições dos dicionários verifica-se que ideia geral para <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus </i>é lugar (território), <i style="mso-bidi-font-style: normal;">locus</i> ou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">topus </i>(<i style="mso-bidi-font-style: normal;">topos</i>, grego). Em latim e no português, assim como em outras línguas, a ideia geral expressa pela palavra pode ser particularizada, para isso basta que a ela se juntem outros complementos que imprimam à palavra dada uma restrição ou uma qualidade distintiva. Ou seja, o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">adjunto adnominal restritivo</b>, em português, ou o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">caso genitivo</b>, em latim.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Assim, podemos dizer que “O pensamento de Cândido” carrega a ideia geral de “pensamento”, que é particularizada pelo complemento “de Cândido”, que não é Pedro nem João. Em latim, s<i style="mso-bidi-font-style: normal;">ensus Candidi (Candidi sensus) – sensus </i>no nominativo<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>e<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> Candidi </i>no genitivo<i style="mso-bidi-font-style: normal;">.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Igualmente, a palavra campo guarda a ideia geral de lugar ou território: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">universitatis campus</i>, campo da universidade; <i style="mso-bidi-font-style: normal;">universitatis campi et universitatum campi</i>, campos da universidade e campos das universidades. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Portanto:</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Campus</i> da universidade pode ser aportuguesado tranquilamente: C<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ampo da universidade</b>, ou <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Campos da universidade;</b> ou pela qualidade, c<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ampo universitário</b> ou c<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ampos universitários</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
É o que aconteceu, no português, por exemplo, nos seguintes casos: Campo de Marte; campo de futebol, campo elétrico, campo magnético, campo de estudos, campo de batalha, campo de ação, campo de equitação, campo de força etc. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">IV. Há séculos que a ideia <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus </i>está incorporada à língua portuguesa</b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
A discussão terminaria no tópico anterior, caso não fossem as insistências de manuais de redações e acadêmicos, que tentam dar uma nova grafia para esses velhos vocábulos que, por séculos, figuram na língua portuguesa.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Vamos dar um pequeno salto neste estudo até alcançar Luiz Vaz de Camões (1524-1580), que no Século XVI forneceu ao idioma lusitano a sua mais sublime obra, Os Lusíadas, publicado em 1572. Examinem o uso da palavra <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">campo</b> nas seguintes oitavas:</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">“Da Lua os claros raios rutilavam</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Pelas argênteas ondas Neptuninas,</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">As estrelas os Céus acompanhavam,</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Qual <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">campo </b>revestido de boninas;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Os furiosos ventos repousavam</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Pelas covas escuras peregrinas;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Porém da armada a gente vigiava,</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Como por longo tempo costumava.” (Canto I, 58)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">"Este, despois, em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">campo</b> se apresenta,</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Vencedor forte e intrépido, ao possante</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Rei de Cambaia e a vista lhe amedrenta</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Da fera multidão quadrupedante.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Não menos suas terras mal sustenta</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">O Hidalcão, do braço triunfante</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Que castigando vai Dabul na costa;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Nem lhe escapou Pondá, no sertão posta.” (Canto X, 72).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Notem que, ao mesmo tempo em que campo passa para o domínio da literatura portuguesa e do vulgo letrado ou iletrado, o vocábulo latino de origem, ou seja <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus,</i> fica restrito aos círculos acadêmicos, determinando o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">locus, </i>ou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">topus</i>, da universidade, ou seja, sua localização física dentro de um espaço específico. Coimbra, a primeira universidade portuguesa (1290), ainda hoje dá o nome <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i> para o espaço físico ocupado pela totalidade de suas faculdades, que estão agrupadas em polos. Tal fato pode ser explicado, posto que, nos sete séculos de existência de Coimbra, em boa parte deles a língua acadêmica foi o latim, assim como em outras universidades da Europa. Para resumir, por séculos, o latim foi adotado pelas universidades como um sistema linguístico e não como uma língua disponível apenas para o fornecimento esporádico de palavras e expressões avulsas. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
A Universidade Toulouse (1229) registra a vida no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i> em sua página da internet no informativo “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">La vie du campus</i>”. Outra universidade francesa, a de Paris (1170), igualmente se utiliza da palavra <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i>. Em Espanha, não é diferente, as tradicionais universidades de Salamanca (1218) e Valência (1499) se identificam a partir de um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i>. Na Itália, a mais antiga universidade do mundo, Bolonha (1088), está identificada sob seu aspecto moderno, além-fronteiras, ao mostrar sua grandiosidade no uso de “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">multicampus</i>”. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Ora, temos aí a tradição supranacional no uso da palavra latina <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i> e a prova de que o latim ainda influencia a linguagem acadêmica, mesmo depois de não contar mais com o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">status</i> de língua oficial das universidades, dos acadêmicos, mestres e doutores, enfim, das ciências. Desconhecemos universidades tradicionais que não tenham <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ab ovo</i> em seus brasões lemas em latim: <i>Dominus Illuminatio Mea – </i>O Senhor é a minha luz<i> – Oxford University </i>(Reino Unido)<i>.</i><b> </b><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Veritas Christo et Ecclesiae – A verdade de Cristo e da Igreja – Harvard University </i>(EUA, 1636). <i>Hic et ubique terrarum – Aqui e em todo o mundo – </i>Universidade de Paris<i> (</i><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Universitas magistrorum et scholarium Parisiensis, </i>nome oficial em latim<b>). </b><i>Scientia et Labor – </i>Ciência e trabalho –<i> </i>Universidade Federal do Paraná (UFPR). <i>Scientia Vinces –</i>Vencerás pela Ciência – Universidade de São Paulo, USP (1934).</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Aqui cabe uma observação importante no sentido de desfazer a hipótese de que o vocábulo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i> deu um “passeio” pela língua inglesa. De acordo com essa hipótese, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Campus</i> teria frequentado as universidades do Reino Unido e da América do Norte e somente depois disso retornaria às línguas portuguesa, galega, francesa, espanhola e italiana para identificar o espaço físico ocupado por uma universidade. Pois bem, isso nos parece improvável ao se considerar uma linha do tempo. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Os falantes da língua inglesa incorporaram a palavra <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i> ao idioma da mesma forma pela qual ela foi incorporada pelos reinos da Europa continental (sobremodo pelos países que têm sua língua originada no latim, em especial os da Península Ibérica: Portugal e Espanha). O latim foi usado desde a fundação das primeiras universidades – e assim deveria ser – igualmente na Inglaterra e depois nos EUA como língua da ciência desenvolvida nessas instituições. Citemos apenas uma prova disso e será o suficiente: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Principia Mathematica</i>, obra máxima do físico, filósofo e matemático Isaac Newton, publicada no ano de 1687, no mais puro latim, quase seis séculos depois da fundação das primeiras universidades.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
No Brasil, são tardias as faculdades e universidades: Século XIX, as faculdades de Medicina, Bahia e Rio de Janeiro, em 1808; e no Século XX, a partir da Universidade Federal do Paraná, 1912. Desde o começo, nosso ensino superior seguiu a tradição imposta pela cultura acadêmica europeia, sobremodo a portuguesa (no ensino de Medicina, Direito, Filosofia e Teologia, principalmente). Portanto, ao adotar o modelo europeu de ensino, o latim chega ao Brasil como língua natural das faculdades e universidades, com toda a carga sócio-cultural que isso significava e com a apropriação de uma cultura milenar. Portanto, ao se usar <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus et campi</i>, nada mais se faz do que dar continuidade à tradição acadêmica de novecentos anos, não constituindo esse uso uma agressão ao vernáculo nacional, mas deferência à primeira língua utilizada na era cristã para tirar o homem da ignorância.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Entretanto, em artigo, a professora Maria Helena de Moura Neves sustenta: </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">“Outro dado histórico importante, no caso dessa palavra, é que, embora sua forma seja latina, a fonte da importação foi o inglês, e não o latim, do mesmo modo que ocorreu, por exemplo, com a palavra <b><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">bônus</span></b> . O inglês, que não é uma língua latina, frequentemente vai buscar palavras no latim para denominação de coisa novas , e as vai buscar no nominativo, o caso em que a palavra aparece no dicionário, já que se trata de um empréstimo, e não de uma derivação histórica, que tem procedimentos naturalmente instituídos no próprio processo (por exemplo, o caso lexicogênico , para o italiano, foi o nominativo, e, para nós, foi o acusativo).”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Pelo exposto até agora, é evidente que não concordamos com a professora. Mas, para efeito de argumentação, vamos dar razão a essa hipótese de importação para a palavra “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i>” do inglês. Verifiquem os seguintes pontos:</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><u>Primus</u></i>: não houve mudança no significado da palavra <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i>, tanto no latim quanto no português, ela indica lugar, ou território e, no caso, da universidade, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ipsis verbis</i>. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><u>Secundus</u>:</i> a palavra universidade é a que foi modificada. Ela é tão antiga quanto <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i> no latim, mas não com o significado que tem agora, o de universidade propriamente dita. Ela deriva do adjetivo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">universus, a, um (unus et vertere)</i>:<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>todo, toda terra, o mundo inteiro. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Universitas, atis</i> é feminina e significa universidade, totalidade, o todo; companhia, corporação, comunidade, colégio, associação, sociedade. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Universitas generus humanus</i> – O gênero humano todo (Cícero). </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<u>Tertius</u><i style="mso-bidi-font-style: normal;">:</i> c<i style="mso-bidi-font-style: normal;">ampus </i>veio para o português como campo e significando lugar ou território; logo, com esse significado, usa-se <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sempre</b> no aportuguesamento de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus </i>o seu caso lexogênico, que é o acusativo.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><u>Quartus</u>:</i> caso esta hipótese da “importação” do inglês estivesse correta, vejam que teríamos mais confusões. Pois, “câmpus de futebol” ou “câmpus eletromagnético” poderiam assim ser grafados em nosso idioma, já que essas expressões não existiam em Roma e nos foram apresentadas há menos de dois séculos e aí sim, a partir do inglês: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">field (pitch); electro-magnetic field</i>. É notável que a situação se nos apresenta ainda mais complicada à medida que descobrimos outros exemplos: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">concentration camp, refugee camp</i> – “câmpus de concentração”; “câmpus de refugiados”, seriam expressões possíveis a partir da hipótese da importação de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i> do inglês. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<u>Quintus</u>: Definitivamente, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i> da universidade se refere ao espaço ocupado por ela dentro de um território e não somente ao seu mobiliário ou a seus prédios, assim como campo de batalha refere-se ao território próprio para uma contenda e não especificamente ao armamento, soldados etc, que fazem parte do conjunto do teatro de operações bélicas. Campo de futebol se refere ao território delimitado onde o jogo se pratica e não especificamente aos jogadores, torcedores, vestiários etc. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">V. Das comparações impróprias</b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Novamente poderíamos encerrar este artigo no parágrafo anterior, mas vamos adiante. Respeitosamente, temos que discordar novamente da professora <i style="font-family: inherit;"><span style="font-style: normal;">Maria Helena de Moura Neves, que sustenta ao apresentar a grafia “câmpus”:</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">“Segundo as regras oficiais de acentuação, o acento circunflexo é o sinal necessário para indicar que se trata de palavra paroxítona, já que as palavras portuguesas terminadas em -<b><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">u</span></b> <b><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">(s)</span></b> não-acentuadas são oxítonas. A partir daí, o plural é <b><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">câmpus</span></b> , igual ao singular (como<b><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";"> bônus</span></b> , <b><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">íctus</span></b> , <b><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">vírus</span></b>).”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
A palavra <i style="mso-bidi-font-style: normal;">virus</i> pertence à segunda declinação latina e significava originalmente veneno, peçonha, suco, humor, essência, droga ou sêmen, no caso de animais. Hoje, vírus serve para identificar, na Biologia, pequenos agentes infecciosos compostos pelos ácidos nucleicos DNA ou RNA – por essa natureza, os cientistas ainda se debatem na classificação exata do “ente” vírus no Reino Animal ou fora dele. Na Informática, o vírus também é conhecido pelo seu lado “venenoso”, pois é um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">software</i> malicioso feito para infectar computadores. </div>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%;"><br clear="all" style="mso-special-character: line-break; page-break-before: always;" /> </span> <br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Com efeito, vírus serve para definir tudo isso, mas jamais terá serventia como paradigma na conversão de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i> para “câmpus”. Em latim, os muitos nomes terminados em “us” (são femininos na segunda declinação) têm três e somente três exceções como neutros e, ao mesmo tempo, defectivos: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">virus</i>, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">pelagus</i> (mar) e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">vulgus</i> (vulgo). Então, encontramos alguns impeditivos para a comparação entre <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus et virus</i> na tentativa de justificar a suposta existência de “câmpus”. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Declinando a pala <i style="mso-bidi-font-style: normal;">virus, i:</i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: medium none; margin-left: 141.25pt; width: 370px;"><tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;"> <td style="background: #BFBFBF; border: solid windowtext 1.0pt; mso-background-themecolor: background1; mso-background-themeshade: 191; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 144.05pt;" valign="top" width="192"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Caso</div>
</td> <td style="background: #BFBFBF; border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-background-themecolor: background1; mso-background-themeshade: 191; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.5pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Singular</div>
</td> <td style="background: #BFBFBF; border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-background-themecolor: background1; mso-background-themeshade: 191; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 59.2pt;" valign="top" width="79"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Plural</div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 144.05pt;" valign="top" width="192"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Nominativo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.5pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">virus</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 59.2pt;" valign="top" width="79"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Não existe</div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 2;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 144.05pt;" valign="top" width="192"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Vocativo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.5pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">vire</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 59.2pt;" valign="top" width="79"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Não existe</div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 3;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 144.05pt;" valign="top" width="192"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Genitivo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.5pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">viri</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 59.2pt;" valign="top" width="79"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Não existe</div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 4;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 144.05pt;" valign="top" width="192"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Dativo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.5pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">viro</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 59.2pt;" valign="top" width="79"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Não existe</div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 5;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 144.05pt;" valign="top" width="192"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Ablativo</div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.5pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">viro</i></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 59.2pt;" valign="top" width="79"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Não existe</div>
</td> </tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 6; mso-yfti-lastrow: yes;"> <td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 144.05pt;" valign="top" width="192"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Acusativo</b></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 74.5pt;" valign="top" width="99"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">virum</i></b></div>
</td> <td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 59.2pt;" valign="top" width="79"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Não existe</b></div>
</td> </tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Perguntas:</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><u>Prima</u></i>: em latim, pode um nome (substantivo) neutro ser paradigma de um nome masculino, mesmo que da mesma declinação?</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><u>Secunda</u></i>: o português tem palavras neutras?</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><u>Tertia</u></i>: em latim, pode um nome (substantivo) defectivo, que só existe no singular, ser paradigma de um nome que se flexiona em número?</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><u>Quarta</u></i>: pode um nome que não tem o acusativo plural ser comparado com um nome que possui os dois acusativos e que, portanto, conta com as condições para ser aportuguesado por meio desse caso e de forma direta?</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><u>Quinta</u></i>: pode em lógica a parte ser maior do que o todo e no português e latim, a regra de exceção abranger a regra geral? </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><u>Sexta</u>:</i> é o inglês o idioma que deu origem ao português?</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">VI. Da “autoridade” linguística dos manuais de redação e jornais</b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
No Brasil, infelizmente, ainda se usa <i style="mso-bidi-font-style: normal;">per fas et per nefas</i> o método da autoridade em oposição ao método científico. Assim, ao vulgo, o grito discordante de um redator de jornal, numa tarde de vento, é bastante para uma nova regra dada à língua ou a quaisquer outras coisas. – Socorro! – Desse alarde em diante será apenas uma propagação de erros constantes. E aos entorpecidos pelos juízos ligeiros, tais regras irão fazer o mesmo efeito da luz para os que estão perdidos no talvegue das sombras ou trarão a mesma consequência da fé para os arruinados no umbroso vale da morte. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Mas não se desesperem, porque a Lógica nos socorre no velho silogismo: toda autoridade é humana e o homem é falível; logo, a autoridade, mesmo de grande valor intelectual e de moral inquestionável, pode falhar ao determinar uma verdade doutrinária, caso não se dobre ao método científico, que procede por demonstração e recorre ao processo da evidência intrínseca. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
“O mestre o diz”, repetiam os discípulos de Pitágoras ao tentarem provar suas doutrinas e com isso estavam contentes. Grande foi Pitágoras, porém pequeno o método de seus discípulos. Método do “Amém” que, se continuado, conduziria certamente à estagnação da ciência, conferindo a autoridades humanas uma infalibilidade que elas não têm. “O apelo à autoridade só pode intervir, em resumo, para guiar a indagação ou confirmar asserções demonstradas segundo as exigências científicas. Vê-se, assim, que o argumento da autoridade é, conforme a expressão de Santo Tomás, ‘o mais fraco dos argumentos’.” [Jolivet, p. 143; 1969].</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Dessa forma, “o mestre o diz”, são elaborados os manuais de redação. Numa penada, os redatores desses manuais simplesmente nos mandam esquecer a anciã língua latina e carpir nossa lusitana língua condenada à morte por maus-tratos diários nas páginas da soberba imprensa.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
“Câmpus. Aportuguesando: o câmpus, os câmpus” (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">sic</i>, Manual de Redação e Estilo do Estado de S. Paulo, p. 118). Assim, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ex cathedra</i>, sentado na cadeira de São Pedro, o autor do Manual dá seu veredito, sem mais explicações. É a divina palavra aos sectários da infalibilidade das cartilhas. Na edição disponível na internet, o manual da Folha de São Paulo é mais sintético ainda: “campus (lat.)”, ou seja, a Folha manda simplesmente grafar campus,<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>sem distinção entre singular, plural e explicação alguma ao que classifica de estrangeirismo.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
O pior é que a coisa não termina por aí. A moda dos manuais de redação, movida por apelos de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">marketing</i>, se espalha pelo Brasil e cada periódico resolve construir a própria gramática. Embora feitas para o consumo interno dos jornais, rádios, TV e internet – repórteres, redatores e editores – essas “gramáticas” tornam-se livros de cabeceira de estudantes que se contentam com o “prato feito” em prejuízo do estudo elaborado, com base na razão e não somente no falar <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ex professo</i>.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">VII – “Câmpus” em vez de campus, uma questão de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">marketing</i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ab initio</i> verificamos que as grafias “câmpus/campus” não se justificam no português e muito menos no latim. Mas, nisso tudo há um fato e pelo menos uma pergunta. Fato: as grafias <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">et campi</i> estão sendo alteradas inopinadamente por várias instituições de ensino brasileiras, às vezes por “câmpus” (doutrina do Jornal Estado de S. Paulo) e outras por “campus” (doutrina da Folha de S. Paulo). Pergunta: qual é a razão de tanto esforço para se escrever fora dos padrões de nossa língua? Para responder vamos recorrer aos jornais, raízes do problema, ao insistirem nessas grafias equivocadas. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Os manuais de redação começam no Brasil como normas de estilo e gramática e, com o decorrer do tempo, passam a ser o lugar de apresentação da postura ética das empresas jornalísticas, bem como dos modos de fazer jornalismo. A preocupação dos jornais, ao produzirem seus manuais, não poderia deixar de ser outra: sua relação com o leitor. Há uma preocupação didática com a audiência. Ela está vinculada a uma das funções centrais do jornalismo: a pedagógica. (VIZEU; CORREIA, 2007). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Ora, se um manual de redação expressa a “preocupação” dos jornais com o leitor – e até onde se sabe é o leitor quem compra os jornais – haverá também “preocupações” do capitalista, o dono do jornal, que se estendem ao mercado e a imagem do produto neste mercado. Como há uma guerra constante dos jornais em busca de leitores-consumidores, o manual de redação, vendido como “apresentação de postura ética da empresa jornalística", passa também a ser um argumento de vendas, ou produto para o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">marketing </i>empresarial. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Em outras palavras, na guerra de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">marketing</i>, os jornais usam seus manuais de redação para convencer o leitor (leia-se consumidor) de que em suas páginas está o melhor produto, elaborado com os melhores ingredientes “inteligíveis” para quem tem uma educação mediana e precisa consumir informação de forma rápida, sem pensar muito no significado das palavras, em semânticas e sintaxes. Portanto, à medida que o apelo comercial se intensifica, ao se oferecer facilidades aos leitores, os jornais padronizam a linguagem de acordo com os parâmetros obtidos em pesquisas de mercado, traduzidos pelo “perfil do leitor”.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
É outro fato que esse leitor não estudou latim, porque as escolas não ensinam mais latim. Logo, dentro da função central do jornalismo que é a “pedagógica”, usar termos latinos foge totalmente da “didática com a audiência”, pois essa didática pretensamente ética passa pela simplificação da linguagem, mesmo que para isso se tenha que abrir mão de algumas regras e padronizações da língua portuguesa. Em resumo, um texto fácil, mesmo que pobre e defeituoso, atrai leitores, melhora a audiência, e faz vender mais. Esse é o espírito, essa é a miséria.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">VIII – <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Campus</i> em vez de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ager</i>, uma questão ideológica </b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
A propósito, já que estudamos o emprego da palavra <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">campo</b>, é bom que se diga que ela também sofre “pressões ideológicas” encampadas pelos jornais quando se refere às coisas próprias da agricultura ou da pecuária. Voltemos ao registro de c<i style="mso-bidi-font-style: normal;">ampus</i> no dicionário, especificamente do registro 4 em diante. Na época de Cícero, a palavra <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i>, por redução, era praticamente sinônima da expressão Campo de Marte e por extensão, para tudo que podia ser realizado naquele espaço, desde assembleias do povo, que definiam a carreira política de um jovem tribuno, ou até uma luta ou contenda. Hoje, nesses significados, é lógico que o verbete <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i> está fora de uso. Entretanto, esse processo reducionista apontado para Campo de Marte se repete em nossos dias com a tentativa dos meios de comunicação de transformar campos no sinônimo geral de agricultura, agropecuária e tudo que faz parte desse universo. Para tal, igualam <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i> ao nome <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ager, agri –</i> campo, terreno cultivado, o campo e não a cidade – ou ao adjetivo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">agrarius, a, um </i>– do campo, rural.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Desde o Brasil colônia e até nossos dias, caso se consultem os livros e periódicos correspondentes a este período, verifica-se que a palavra campo sempre guardou seu significado geral de lugar, espaço ou território. Mas ao mesmo tempo, e com intensidade a partir da industrialização e consequente urbanização, ou seja, a partir da República Burguesa – na interpretação de Caio Prado Júnior – as correntes de transmissão do pensamento da nova elite social brasileira passaram a usar e abusar da palavra campo como qualitativa das coisas e pessoas que compõem o espaço agrícola, na tentativa de explicar este Brasil, que assumia suas feições urbanas, em nova realidade, inclusive para aqueles brasileiros inicialmente radicados em ambiente rural. A revolução burguesa do final do século XIX e início do século XX, que se aproveitava de uma mão-de-obra “vadia” do final do regime servil, também iniciaria assim o processo de redefinição de significados de palavras para explicar o novo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">statu quo</i> e para mascarar problemas sociais existentes. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Nesse sentido, na década de 1970 o matiz ideológico do “homem do campo” foi cantado e massificado pela dupla sertaneja Dom & Ravel, estigmatizada por suposto apoio à Ditadura Militar: </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">“Obrigado ao homem do campo</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">O boiadeiro e o lavrador</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">O patrão que dirige a fazenda</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">O irmão que dirige o trator (...)”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
É evidente que na música, esse “homem do campo” não tem um perfil específico ou particular, podendo significar latifundiário, pecuarista, pequeno produtor, meeiro, colono, ou trabalhador volante (boia-fria). E de maneira similar, campo também abrange conceito de território rural, porém sem quantificá-lo, podendo ser uma grande fazenda ou latifúndio, um pequeno sítio, uma chácara, ou qualquer ambiente fora das franjas urbanas. Em consequência, produtos do campo surgem como resultado da produção agroindustrial que não questiona o método de produção em todas as suas vertentes: econômica, de saúde, ou de proteção ao meio ambiente:</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">“Obrigado ao homem do campo</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Pelo leite o café e o pão</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Deus abençoe os frascos que fazem</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">O suado cultivo do chão</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Obrigado ao homem do campo</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Pela carne, o arroz e feijão</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Os legumes, verduras e frutas</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">E as ervas do nosso sertão</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Obrigado ao homem do campo</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Pela madeira da construção</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Pelo cocho de fios das roupas</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Que agasalham a nossa nação</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Pelo cocho de fios das roupas</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 184.3pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Que agasalham a nossa nação (...)”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Essa artificialidade da palavra “campo”, hoje reproduzida pelos meios de comunicação para descrever a realidade do espaço agrícola moderno, pode ser verificada com certa facilidade, pois o campo como ideia das elites urbanas não é o mesmo do ideário de quem vive no ambiente rural. No Brasil, ninguém que sobrevive da terra se identifica como “homem do campo” quando perguntado sobre a ocupação ou profissão que exerce. As respostas necessariamente cairão em produtor agrícola, agricultor, trabalhador rural, patrão, pecuarista, boiadeiro, sitiante, peão, tratorista, braçal, volante, boia-fria etc. De igual maneira, ninguém diz que veio ou vai para o campo. Aqui no Brasil, o bom caboclo diz que veio da roça, da fazenda, da lida, do sítio, dos cafundós, donde Judas perdeu as botas, mas jamais diz que veio do campo. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Observem que, em contrapartida, expressões ligadas aos movimentos sociais e que identificam os trabalhadores como camponês, campesino, campesinato, estão fora do vocabulário da imprensa brasileira.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">IX Conclusão</b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Este artigo se fez mais longo do que o planejado. Ao desenvolvê-lo, percebemos que certos aspectos precisavam ser detalhados para a melhor compreensão dos tópicos. Há de se crer que o escopo principal foi atingido – a demonstração das incongruências dos argumentos de quem defende uma escrita diferente em português para as palavras latinas <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus et campi</i>. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Neste trabalho, também consideramos demonstrado que a grafia “câmpus” não se justifica em nossa língua e que campus também não é uma palavra do nosso vernáculo em contraste com o seu equivalente campo, que é o aportuguesamento indicado e correto.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Por outro lado, verificamos que há aspectos históricos que não podem ser desprezados no uso dessa palavra latina para identificar o espaço ocupado pelos prédios e mobiliários das universidades e faculdades. Historicamente, não há equívocos em se usar <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus et campi, </i>como não há argumentos históricos convincentes para tais mudanças.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Tecnicamente, nesse estudo não se descobriu um apelo popular, ou da literatura, para a mudança proposta. Os que propõem as novas grafias são os manuais de redação de jornais, sem justificativas que se sustentem na construção da língua. Infelizmente, parte da comunidade acadêmica já encampou a proposta e defende, não sem equívocos, as novas grafias.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Por fim, ao se verificar como o caso é tratado em outros países, gostaríamos de destacar algumas soluções inteligentes para o problema – se é que ele existe no caso brasileiro. A Universidade de Coimbra livrou-se de ter que declinar a palavra latina <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus </i>simplesmente adotando esse nome para a totalidade de suas instalações e dando o nome de polo para as subdivisões<i style="mso-bidi-font-style: normal;">. </i>Então, o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">campus</i> da Universidade de Coimbra tem vários polos. Ou ainda, a solução encontrada pela Universidade de Bolonha, ao criar a expressão <i>multicampus,</i> que nada mais é do que um conjunto de<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> campi</i>. Nessas soluções, há a inteligência de não se espancar as línguas nativas e muito menos o latim. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u>José Fernando Nandé: </u></b>é graduado em Comunicação Social – Jornalismo – UFPR, pós-graduado em Economia do Trabalho (UFPR). Tradutor, pesquisador e autor de vários livros.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Bibliografia</b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt;">
CAMÕES, Luis de. Os Lusiadas, poema épico. Paris: Officina Typographica de Firmino Didot, 1819.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt;">
CEGALA, DOMIGOS PASCHOAL. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Cia Editora Nacional, 2007.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt;">
<span lang="EN-US">CHARLESWORTH, Martin Percival. Trade-routes and commerce of the Roman Empire. </span>1970: Cooper Squadre Publishers.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt;">
FURLAN, Oswaldo Antônio. Língua e literatura latina e sua derivação portuguesa. Petrópolis: Vozes, 2006.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt;">
JOLIVET, RÉGIS. Tratado de Filosofia I – Lógica Cosmologia. 1969, Agir, Rio de Janeiro.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 1.5pt;">
LODEIRO, José. Traduções dos textos latinos. Porto Alegre: Editora Globo, 1960.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt;">
MARQUES, Amadeu. Dicionário Inglês-Português, Português-Inglês. São Paulo: Ática, 2007.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt;">
MENDES DE ALMEIDA, Napoleão. Gramática Latina. São Paulo, Saraiva, 2000.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt;">
MOURA NEVES, Maria Helena de. Em torno das grafias CAMPUS , CAMPUS E CÂMPUS. Site da Unesp: <a href="http://unesp.br/aci/sobre_campus_campi.php">http://unesp.br/aci/sobre_campus_campi.php</a> (29/03/2012, 15h35). </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt;">
PRADO JÚNIOR, Caio. História Econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1972.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt;">
VIZEU, A. &; CORREIA, J. A construção do real no telejornalismo: do lugar de segurança ao lugar de referência. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">In</i>: VIZEU, A. A sociedade do telejornalismo. Petrópolis: Vozes, 2007.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt;">
-----------. Manual de redação e estilo de O Estado de S. Paulo. 3.ed. São Paulo: O Estado de S. Paulo, 1997.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Dicionários</b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify;">
-----------. Dictionnaire latin-français. Paris: Hachette et Cie, 1868.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify;">
-----------. Dicionário Francês-Português e Português-Francês. Rio de Janeiro, MEC, 1965.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify;">
-----------. Dicionário Latim-Português e Português-Latim. Porto, Porto Editora, 2006.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; text-align: justify;">
-----------. Dicionário Latino-Português. Rio de Janeiro, MEC, 1962.</div>
</div>
Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-37004665436645937632012-01-23T10:46:00.000-08:002012-01-23T10:46:21.016-08:00COMO O LATIM SE PRESERVOU<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="215" src="http://www.youtube.com/embed/yTixpeClFiA" width="460"></iframe></div>Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-9459098380130801362011-11-24T13:03:00.000-08:002015-05-16T18:20:11.838-07:00De gustibus non est disputandum<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-_WB6rgDHvPg/Ts6w7D92EyI/AAAAAAAAD-s/fcbWPLIbYm8/s1600/kitsch.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-_WB6rgDHvPg/Ts6w7D92EyI/AAAAAAAAD-s/fcbWPLIbYm8/s320/kitsch.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O mau gosto está na moda, porquanto a moda também se rendeu ao mau gosto. De fato, neste melequento início de século, sem ideologias sinceras e que valham à pena, do homem vazio e sem perspectivas, da educação indigente e da cultura dos bugios que a tudo arremedam e macaqueiam, o mau gosto é apenas mais um penduricalho aos que usam gigantesco <i style="mso-bidi-font-style: normal;">piercing</i> naquele órgão povoado pelo vácuo, o cérebro, e que às vezes é vagamente lembrado por seus portadores.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nas ruas, nos programas televisivos, nas propagandas, ou nas novelas e literatura barata, alguns símios pregam que o genial na vida é ser diferente. Perfeitamente de acordo, a vida não é feita em fotocopiadoras, temos que ansiar ao diverso. Entretanto, esse diverso, esse diferente, pode ser inteligente, porque não há graça alguma em se copiar o estúpido, atributo de quem deixou de pensar por si só. Alguém há de buscar o velho argumento: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">de gustibus non est disputandum</i>. Sim, isso é uma bela verdade da sabedoria latina: sobre os gostos não se discute. Mas notem bem, os latinos dizem “os gostos” e não o “mau gosto” somente, que é algo perfeitamente discutível.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O mau gosto cínico e militante é um narcótico do mundo moderno e seus sectários vivem em eterno <i style="mso-bidi-font-style: normal;">delirium tremens</i>, sempre em crise por não terem dose suficiente de sua droga, mas com faniquitos e gritinhos de contentamento ao determinarem o comportamento do novo homem <i style="mso-bidi-font-style: normal;">kitsch </i>– palavra de origem alemã<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> (verkitschen</i>), a qual não tem correlata em nossa língua e que corresponde mais ao menos a objetos de valor estético inferior<i> </i>–<i style="mso-bidi-font-style: normal;">. </i>E quem é esse homem <i style="mso-bidi-font-style: normal;">kitsch</i> ou quem é essa mulher <i style="mso-bidi-font-style: normal;">kitsch</i>?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ora, olhe ao seu redor. Ordinariamente, eles são cópias pioradas de algum artista, desportista, ou simplesmente de quem está curtindo seus 5 minutos de fama. Têm cara de paisagem e gostam de ser vistos como um coqueiro que nasceu em solo lunar, todavia não passam de oco pau-d’alho em praia barata mesmo. Buscam atenção para o que aparentam ser e jamais para o que são de fato. E o mais importante: nunca ousam coisa inteligente, pois a inteligência está fora de moda, assim como pensar no próprio ridículo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sei que você ficou com medo de encontrar um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">kitsch</i> pelo caminho, ou encruzilhadas. Mas, sinto informá-lo, eles são inevitáveis! São mais comuns do que as flores de plástico, chaveirinho com escudos de time de futebol, anões de jardim, bobagens dos livros de auto-ajuda e músicas do estilo sertanojo e pagodão. Por isso reze muito! E se topar com um ser <i style="mso-bidi-font-style: normal;">kitsch</i> não respire! A vulgaridade, a inépcia, a ausência de conteúdo e o mau gosto costumam ser contagiosos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">(<b>J.F. Nandé</b> - 24/11/2011) </i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<u>Expressões latinas do texto:</u></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<u> </u><i><br />
</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>De gustibus non est disputandum: </i><b>Sobre gostos não se discute<i>.</i></b><i> </i>(provérbio romano)<i>.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Delirium tremens: </i><b>delírio alucinante.</b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>(Em medicina: tremor que viciados experimentam durante a abstinência da substância entorpecente). </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-80822101226403546402011-11-23T12:45:00.000-08:002011-11-23T13:06:38.953-08:00Et tu, Brute?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A corrupção é uma praga que atinge a política brasileira e de resto todo o mundo. Creio que política e corrupção foram criadas no mesmo caldeirão do capeta e bem jutinhas. São coisas antigas, aquecidas pela fogueira do mesmo quintal em que homem desenvolveu seu espírito gregário e resolveu delegar funções administrativas para um síndico da aldeia. Deduz-se que as famosas frases “essa assinatura não é minha”, ou “eu não sabia de nada”, ou “perguntem aos meus assessores”, ou “cunhado não é parente” remontam dessa época que também marca o nascimento do puxa-saco, conhecido algures e alhures como lambe-botas. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-AlH8L-pH2Z8/Ts1eF4ME8tI/AAAAAAAAD-k/7slQaW8Kz84/s1600/c%25C3%25A9sar.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-AlH8L-pH2Z8/Ts1eF4ME8tI/AAAAAAAAD-k/7slQaW8Kz84/s1600/c%25C3%25A9sar.jpg" /></a>Mais adiante na história, e agora com registros mais ou menos confiáveis, a Roma antiga cai pela corrupção e o uso indiscriminado de punhais nas costas das vítimas e quando não, veneno na comida e bebidas. A decadência romana vem do suborno, tráfico de influência, dilapidação do erário, roubo, assassinatos e da venda de cargos públicos, inclusive os de generais e o de chefe máximo do Estado. A coisa ficou mais descarada depois da morte de Júlio César (C<i>aius Iulius Caesar, </i>100 - 44 a.C) Ora, se é possível assassinar um ditador de “origem divina”, como poupar outros cidadãos que se colocavam temerariamente no caminho dos conspiradores e desonestos? É bom que se diga que César morreu depois de receber oito punhaladas nas costas. Os assassinos tiveram destino semelhante ao de César, até mesmo Brutus (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Marcus Junius Brutus</i> - 85- 42 a.C), familiar do ditador que teria recebido suas últimas palavras: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Et tu, Brute?”</i> . Mas sobre isso não há consenso entre os historiadores e dramaturgos. Para Willian Shakespeare (1564-1676), quem deu a última palavra foi Brutus, ainda com o sangue de César fresquinho nas mãos: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“...Then fall, Caesar” </i> – então caia, César. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Bom, essa discussão agora nos parece inútil, porque não importa aqui a frase final que marcou o assassinato do ditador. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Factum atque transactum est</i>, o que restou foi apenas a moral da história, ou seja, quando o assunto é poder, tudo vale, pois o silêncio alcançado pelos conspiradores certamente deveu-se a promessas e suborno a seus pares no Senado. E eis aqui nossa abordagem inicial: a corrupção que se abraça à política e ao político e muitas vezes num abraço de afogado. Tem gente que prefere jogar uma vida fora, o próprio nome na lama, para garantir vantagens privadas com a <i>res publica</i>. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Por essas razões, os corruptos mentem e sustentam a mentira na maior safadeza. Quando vejo governantes – e aí pode ser presidente, magistrado, ministro, deputado, senador ou até mesmo um vereadorzinho de meia pataca –, jurarem que miado de gato é latido e que rolar na sujeira é a melhor maneira de se limpar, sinto em mim, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">de profundis,</i> instintos primitivos não iguais, porém semelhantes aos que motivaram Brutus e seus desafortunados amigos, porque a corrupção é a raiz da miséria e indigência intelectual de boa parte de nosso povo. Mas depois me acalmo, porque creio que, mais cedo ou mais tarde, justiça será feita, mesmo que seja póstuma, ao se escancararem as tristes biografias dos corruptos nos livros de história. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
(<i><b>J. F. Nandé</b></i>, 23/11/2011)</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
<u>Expressões latinas deste texto</u></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i>Et tu, Brute?</i>: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Até tu, Brutus?</b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">De profundis</i>: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Das profundezas</b> (Salmo 130). </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Factum atque transactum est</i>: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Está feito e já passou </b>(Marcus Tullius Cicero, 106 – 43 a.C.).</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Res publica: <b>A coisa pública</b>.</div></div>Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-23286056162000537942011-11-22T12:08:00.000-08:002015-06-05T15:17:59.183-07:00Vinum vita est<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-GzVGJE_71Sc/TswA3KmhCsI/AAAAAAAAD9U/h7tDWqxURb8/s1600/taberna-romana-pompeya-abrira-puertas-2000-an-L-7gpPZP.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="141" src="http://2.bp.blogspot.com/-GzVGJE_71Sc/TswA3KmhCsI/AAAAAAAAD9U/h7tDWqxURb8/s200/taberna-romana-pompeya-abrira-puertas-2000-an-L-7gpPZP.jpeg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">Taverna romana em Pompéia</span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No auge do Império Romano, na época de Augusto (<i><span lang="PT">Gaius Iulius Caesar Octavianus Augustus</span></i>, 63 a.C – 14 d.C) avaliava-se em um milhão o número de habitantes de Roma – capital do mundo e protótipo das metrópoles modernas. Os seus moradores enfrentavam problemas semelhantes ao que enfrentamos nas urbes hodiernas. O abastecimento de água e outros serviços públicos funcionavam satisfatoriamente, porém, o trânsito era caótico. O próprio Augusto teve que tomar uma medida drástica, proibiu a circulação de carroças que abasteciam o mercado durante o dia. Vamos lembrar que nesse tempo, a iluminação noturna era feita na base de tochas e que os ladrões e mulheres de vida fácil preferiam o período noturno para o exercício de suas vetustas profissões.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O bom romano geralmente não comia em casa. Depois de ir ao fórum para colocar a fofoca em dia e ser vítima de encontrões e esbarros nas vias, ele se alimentava em sítios parecidos com os botequins de nossas ruas. O <i style="mso-bidi-font-style: normal;">fast food</i> latino, a taverna, servia bons pratos de frutos do mar e grãos – é meu amigo, o Mc Donald’s não é ideia nova, com a vantagem de dieta mais saudável, nada de comida com gosto de isopor!<br />
Afora a boa alimentação, nas tavernas servia-se o vinho, a bebida socializante que reunia ao seu redor o senhor e o plebeu, os oficiais pretorianos e seus soldados, magistrados e legisladores, governantes e conspiradores. O vinho era considerado pelo romano magnífico remédio para espíritos deprimidos e uma forma de se posicionar dentro de uma sociedade estratificada – cidadão, plebeus e escravos. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Vinum vita est”</i>, dizia o novo rico Trimalquião ao apresentar seus melhores vinhos numa festa descrita por Petrônio no romance <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Satyricon</i>. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Hoje, renovaram-se os dedos, mas os anéis são os mesmos. Depois de dois mil anos, o mundo mudou um pouquinho, mas não está tão civilizado como pretendemos e pensamos. Nosso planeta conta com sete bilhões de almas – com boa parte delas vivendo em megacentros urbanos e passando o sufoco de suas misérias. As sociedades ainda amarguram estratificações, a mais das vezes disfarçadas nos figurinos baratos dos plebeus e escravos pós-modernos. O trânsito é caótico em São Paulo, Nova Iorque, ou Nova Délhi, e por lá também circulam prostitutas e ladrões emprenhados em seus ofícios. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em espírito nada mudou, piorou até, e isso devido à escala: se tínhamos a vaidade de um Trimalquião querendo afirmar o seu novo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">status quo</i> numa grande festa, hoje temos vários novos ricos lançando mão da mesma estratégia. Caso você more em uma grande cidade, abra o jornal e verifique nas páginas dedicadas aos <i>socialites</i> quantos novos ricos existem por aí servindo rios de vinhos em festas cafonas para provar a nova condição social. Nada contra, é de graça e afinal <i style="mso-bidi-font-style: normal;">vanitas vanitatum omnia vanitas</i>. Mas que pelo menos sirvam vinho de boa qualidade, como os novos ricos romanos, pois nele está a vida e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">in vino veritas</i>! </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(<b><i>J.F. Nandé</i></b> – 22/11/2011).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<b><u>Expressões latinas neste texto:</u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<i>Vinum vita est : </i><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O vinho é vida</b><i style="mso-bidi-font-style: normal;">.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">In vino veritas: </i><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">No vinho está a verdade</b> (Alceu, poeta grego, 630 – 580 a.C.)<i style="mso-bidi-font-style: normal;">.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Status quo: </i><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O estado em que... </b>(como era utilizado em latim, no sentido de coisa anterior)<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">. </b>Hoje utilizamos essa locução para posição (social,<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> status</i>) ou conjunto de direitos e deveres. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Vanitas vanitatum et omnia vanitas</i>: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Vaidade das vaidades e tudo é vaidade</b><b>.</b> Palavras do livro bíblico do Eclesiastes, “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Vanitas vanitatum, dixit Ecclesiastes, vanitas vanitatum et omnia vanitas</i>”. Aqui, vaidade pode ser traduzida por futilidade ou fugacidade das coisas terrenas.</div>
</div>
Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-49399224999767359592011-11-21T10:19:00.000-08:002011-11-22T08:41:12.596-08:00Omnia mea mecum porto<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-CTSKYNor38Q/TsqXITTBXQI/AAAAAAAAD9M/tZwXL5XxGJE/s1600/livro_velho_%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" hda="true" height="154" src="http://1.bp.blogspot.com/-CTSKYNor38Q/TsqXITTBXQI/AAAAAAAAD9M/tZwXL5XxGJE/s200/livro_velho_%25281%2529.jpg" width="200" /></a></div>Tenho uma biblioteca de velhos livros. Tão puídos alguns e rotos outros que já não sustentam as capas e as costuras. Todavia, há engano naquele que pensa que esses livros são monumentos em papel danado para ideias antigas. Os livros guardam em si segredos para quem deles são distantes. Escritas há séculos, basta o leitor contextualizar o amontoado de suas páginas amarelas – ou acentuar paralelos entre os fatos descritos e os acontecimentos atuais – e pronto, os pensamentos dedutivo e indutivo disparam fagulhas como se fossem um foguete a carregar as últimas esperanças da humanidade rumo às estrelas remotas. <br />
<br />
Eis aqui o que já sabem os iniciados na boa arte da leitura: o contexto do escrito pode ser diverso, porém o espírito do homem é sempre o mesmo. Não importa se homem idealizado pelo escritor seja soldado no portão de Tróia, arquiteto egípcio a calcular as pirâmides, miserável gladiador banhado em sangue na arena, ou triste poeta exilado, porque é o espírito do homem que nos aparecerá no livro – espírito regularmente cheio de dúvidas e de ordinário sem certeza alguma. <br />
<br />
Tive uma <i>compañera sentimental</i> – bela expressão castelhana para dizer que uma namorada é mais do que uma namorada! – que um dia ameaçou jogar meus velhos livros no lixo. Essa simples sugestão causou em mim grande choque. Como eu poderia estar vivendo com alguém que desprezava meus livros, que desejava substituí-los por uma decoração nova, figurativa e sem serventia alguma? <i>Odi et amo</i> e imediatamente passei a odiar o que até então só merecera o meu mais sincero amor, nascido na infância e que havia esperado muitos anos para se revelar. <i>Omnia mea mecum porto!</i> Como explicar à ex-amada que ao renegar meus livros, ela abjurava o que sou, porque tudo que tenho são meus livros e tudo que é meu carrego comigo?<br />
<br />
Já mudei várias vezes de casa e cidade. Nessas mudanças, perdi quase tudo, mas tenho lá meus livros cada vez mais leves pelos furos das traças, cada vez mais graves e sisudos pelo passar dos anos. Perdi um amor que não me compreendeu no amor aos livros. Mas não me arrependo dessa perda, pois amor que não compreende o outro não é amor, é um arranjo florido para coisa que já nasceu morta.<br />
<br />
(<b>J.F. Nandé</b>, 21/11/2011)<br />
<br />
<br />
<br />
<u>Expressões latinas no texto</u>:<br />
<br />
<i>Odi et amo</i>: <b>Odeio e amo</b>. Palavras iniciais do mais famoso poema de Catulo (<i>Caius Valerius Catullus</i> – séc I a.C).<br />
<br />
<i>Omnia mea mecum porto</i>: <b>Tudo que é meu carrego comigo</b>. (<i>Bias de Priena</i> (590-530 a.C, um dos sete sábios da Grécia Antiga, quando foi forçado a deixar sua cidade e não levou seus pertences).<br />
<br />
</div>Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-32663155184515732.post-2072890700482718952011-11-18T11:44:00.000-08:002015-01-18T07:45:34.098-08:00O tempora, o mores!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal">
Sou um matuto, desses de criação bruta e feito para o trabalho. Desses que têm no Sol o relógio para o bom combate e que trazem como segundo ofício, entre uma enxadada e outra, a arte de matutar, pensar <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ad infinitum</i> na morte da bezerra e sua imponderável influência na ordem universal. E foi matutando que aprendi a respeitar as palavras, não o que elas dizem simplesmente, mas o que elas nos escondem, porque palavra é igual gente, em poucas se pode fiar com tranquilidade d’alma e espírito desarmado. A maioria delas guarda olhares dissimulados, mente no meio das verdades, pois que, amiúde, não estamos dispostos a ver o nu da verdade, as suas cicatrizes mal curadas, os seus enrugamentos emprestados pelos anos em que se viu cativa da ignorância.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-u4I3cWWhsTE/Tsa4zxmZ4qI/AAAAAAAAD9A/_m9l4mVJVrY/s1600/cicero.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-u4I3cWWhsTE/Tsa4zxmZ4qI/AAAAAAAAD9A/_m9l4mVJVrY/s320/cicero.jpg" height="320" width="264" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i style="color: #990000;">Marcus Tullius Cicero (106-49 a.C)</i></td></tr>
</tbody></table>
Neste século que se iniciou em muxoxos para a cultura, nos juvenis arroubos desconstrutivos em nome de uma pretensa modernidade, estamos sob a égide de violenta censura contida no “politicamente correto”. Neste triste século XXI, chegamos ao cúmulo de colocar cabresto em nossos próprios pensamentos para não descontentar aos que cultuam verdades convenientes, grandes mentiras para não encrespar as ondas que embalam suas rotas naus, construídas sobre proposital falta de ciência de nosso povo, forjadas por uma educação indigente, que é proposta por uma elite esponjosa e que ganha dinheiro na especulação financeira e na espoliação dos que produzem e trabalham.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<i>O tempora, o mores!</i> – lamentava-se Cícero em seus discursos no Senado Romano. Ó tempos, ó costumes! – também deve ser nosso lamento. Somos miseráveis cordeiros a assistir, impávidos, a transformação de palavras em grandes expressões idiotas só para dizer que a noite não é negra como pensamos e vemos que é – que o branco não é branco e que o preto não é preto. Ó tempo, ó costumes em que os envergonhados racistas criam expressões para mostrar que o racismo estava na cor, na palavra que descreve a cor, e não no coração deles. </div>
<div class="MsoNormal">
<br />
No português, no latim e em quase todas as línguas, temos uma palavra ou expressão exata para cada coisa, para descrever a coisa em si. Por isso, cuidados ao se tropeçar em grandes expressões que dão “nome” ao que já existe no idioma. Mormente, essas expressões guardam em si a censura, o preconceito e um desejo político abjeto engendrados pelos beneficiários de nosso silêncio. </div>
</div>
Prof. José Fernandohttp://www.blogger.com/profile/04335802231340233274noreply@blogger.com4